
Após a demanda ser aprovada pela "Tiretoria", foi efetuada a busca e apreensão em alguns restinhos de pinus; desta vez, surpreendentemente sem cimento:

Depois de efetuar a baixa no estoque, o material visitou a plaina/desengrosso com o objetivo de fazer a barba (que já era rala); em seguida foi ripado na serra de bancada acabando por virar três réguas com 3, 6 e 9 cm de largura cada uma por cerca de 65cm de comprimento; assim que ripadas foram devidamente boleadas - onde necessário - na tupia.
Como de costume, a fase de descobertas - sem qualquer compromisso com técnicas elegantes - permitiu testar a famosa técnica de cavilhar utilizando reparos para torneiras.

Para quem não conhec(e)ia o procedimento, basta adquirir os reparos com corpo em metal ou encontrá-los em seu depósito de tranqueiras. Só não vale subtraí-los das torneiras da sogra durante alguma visita de final de semana.

Deixando de lado esta figura tão amada por todos nós


Até tenho um cavilhador basicão da Wolfcraft comprado nasZoropa mas preferi negociar com as carrapetas, afinal marcenêro bagual é ôtra côsa.

Preparado o terreno, agora vem a parte mais fácil que é marcar dois furos em cada extremidade da régua externa do suporte.

Na imagem abaixo, a partir da marcação foi efetuado um furo (com o mesmo diâmetro da haste do reparo) em cada extremidade da peça possibilitando inserir os ditos:

Em seguida, levei a peça já preparada para uma das bancadinhas chinesas adquiridas por cerca de 60 e poucos pilas no Makro. Aliás, encontrá-las em promoção no referido estabelecimento deve ser mais difícil do que acertar a Mega-Sena acumulada. Eu gosto muito destas bancadinhas ! Principalmente porque ainda não fiz a bancada oficial e sequer instalei a caixa de torção em um antigo balcão de pia (futura bancada auxiliar) que aparece logo em seguida em uma das fotos.
Enfim, com as peças alinhadas e apoiadas no tampo, foi aplicado um pequeno aperto através da "morsa" fazendo com que as pontas afiadas dos reparos (instalados na régua à esquerda) marquem a régua da direita. Simples, seguro e quase que à prova de erros.

Outra visada. Na imagem abaixo é possível constatar a (falta de) densidade do pinus, nada que uma lixada posterior não resolva:

Mais uma. Nesta dá para notar a pequena marca, discreta porém suficiente:

O próximo passo é repetir o processo fazendo com que mais dois furos sejam equacionados nas peças de tal forma que seja possível ter duas cavilhas em cada extremidade, isto é, anteriormente preparamos uma marcação em cada extremidade, agora faremos mais uma em cada. Após efetuar as duas novas marcações - utilizando os reparos - será possível disparar os quatro furos finais, cujo diâmetro será o mesmo das cavilhas.

Cavilhas espetadas:

Mais uma foto:

Aqui a pré-montagem do primeiro conjunto:

Abaixo, é possível constatar o aspecto final. A régua que está servindo de base (de ~9cm) será aparafusada na parede e receberá a peça que está no meio (de ~6cm), depois disso bastará inserir o componente frontal (a régua de ~3cm).

Estrutura já aparafusada na parede e cavilhas devidamente coladas. Foto do resultado final, o acabamento será o mesmo "Verniz Extra Marítimo Base D'Água Acetinado Transparente" (ufa !) aplicado no resto do madeiramento.

Como foi divertido, tudo de novo ...

... porém um pouco diferente. As artistas coadjuvantes da marcenaria, nem por isso menos importantes:

Como sempre, grato pela paciência em ler tanto para tão pouco.
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